Please note, your browser is out of date.
For a good browsing experience we recommend using the latest version of Chrome, Firefox, Safari, Opera or Internet Explorer.

A CORTIÇA

SUSTENTABILIDADE DA CORTIÇA

"Com o impulso inovador que nos caracteriza e distingue de todas as outras empresas do setor, temos sido pioneiros no desenvolvimento e na inovação da fileira da cortiça."

António Rios de Amorim
Presidente do Conselho de Administração CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

A importância do sobreiro

O sobreiro (Quercus Suber L.) é uma árvore da família do carvalho, de onde se extrai a cortiça (casca ou capa protectora que desempenha na árvore a função de epiderme). A sua valorização não se baseia apenas nos produtos extraídos da árvore, mas em todo o conjunto agronómico, florestal, silvo-pastoril e cinegético que gira em torno da cultura do sobreiro. A extração regular da cortiça do sobreiro é uma contribuição fundamental para a sustentabilidade ecológica, económica e social das áreas rurais da Região Mediterrânea onde o sobreiro pode ser encontrado.

O processo de extração de cortiça designa-se por descortiçamento, um processo amigo do ambiente, altamente especializado que garante que a árvore não é danificada. O sobreiro é uma árvore de crescimento lento, que pode atingir os 200 anos, permitindo, em média, 17 descortiçamentos ao longo da sua vida.

Alterações climáticas

A exploração do montado, em grande parte viabilizada pela actividade da CORTICEIRA AMORIM, tem um impacto positivo a nível da fixação de carbono. O montado de sobro é um importante sumidouro de carbono, contribuindo para mitigar as emissões de gases com efeito de estufa, origem das alterações climáticas. Com uma média de cerca de 200 anos de vida, os sobreiros são responsáveis, só em Portugal, pela retenção de cinco milhões de toneladas de CO2 por ano.

Biodiversidade

Habitat de 135 espécies de plantas e 42 espécies de pássaros, o montado de sobro constitui a base de um sistema ecológico único no mundo, contribuindo para a sobrevivência de muitas espécies da fauna autóctone e para a salvaguarda do ambiente. Este ecossistema inclui várias espécies de formigas, abelhas, borboletas e répteis, bem como o lince ibérico, a espécie de felino mais gravemente ameaçada de extinção do planeta. Destaca-se ainda a elevada variedade de aves, algumas delas igualmente ameaçadas, como é o caso do abutre negro, a cegonha preta ou a águia imperial.

Combate à desertificação

Em 2020, num cenário de gestão florestal inadequada das florestas de sobreiro, o avanço da desertificação a uma taxa superior a 1.000 m/ano será uma realidade, de acordo com um novo relatório da WWF (World Wide Fund for Nature) e do CEABN / ISA (Centro de Ecologia Aplicada Professor Baeta Neves do Instituto Superior de Agronomia ): "O sobreiro, uma barreira contra a desertificação".

O sobreiro é uma espécie prioritária para o combate à desertificação. As florestas de sobreiro, formam sistemas ecologica e economicamente sustentáveis, e constituem um importante instrumento de prevenção contra a desertificação. Se adequadamente geridos, estes sistemas geram níveis elevados de biodiversidade, melhoram a matéria orgânica dos solos, e contribuem para a regulação do ciclo hidrológico e travam o despovoamento.

Na perspectiva da desertificação social, e segundo um relatório editado em 2006 pela WWF, mais de 100 000 pessoas, espalhadas pela bacia do Mediterrâneo, dependem direta ou indiretamente da produção de cortiça.